quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Entendendo a estrutura Congregacional




Em outro tempo, na aurora da Reforma Protestante, grandes homens de Deus nos foram dados, pela Graça do Senhor, para eternamente servirem o seu povo e para testemunharem da Pureza e da Simplicidade do Evangelho. Rendidos, de mente, afeições, corpo e vontade ao Senhor, estes homens hoje nos servem para contemplar o futuro da Igreja a partir de seu passado.
Sem entendermos o passado de nossa Igreja, tão rico em conteúdo reformado, jamais entenderemos o presente, deste modo, sem compreendermos o presente, nunca vislumbraremos o futuro de nossa Igreja.
É deste modo, que no transcorrer das semanas, buscaremos entender melhor nossas raízes, estrutura e história Congregacional.

O Congregacionalismo é a forma de governo de Igreja em que a autoridade repousa sobre a independência e a autonomia de cada Igreja local, constitui-se em uma Igreja completa e autônoma, não sujeita em termos de Igreja a qualquer outra entidade senão à sua própria assembléia.

Seu Sistema de Governo:
O sistema de governo congregacional é aquele em que a Igreja se reúne em assembléias, para tratar de questões surgidas no seu dia-a-dia e tomar decisões relacionadas ao desenvolvimento de seus trabalhos. O poder maior de comando de uma Igreja Congregacional reside em suas assembléias.

Suas Assembléias de membros:
a) Assembléia Ordinária;
b) Assembléia Extraordinária;
c) Assembléia Especial.

a) Assembléia Ordinária - É aquela que é convocada regularmente para decidir sobre assuntos corriqueiros da Igreja.

b) Assembléia Extraordinária - É aquela que é convocada extraordinariamente para tratamento de assuntos urgentes, não previstos no seu dia-a-dia, e que requer da Igreja uma solução rápida.

c) Assembléia Especial - É aquela convocada para a eleição de oficiais, pastores e outros cargos eletivos da Igreja, bem como organização de Congregação e de transformação de Congregações em Igrejas.

Seus Oficiais:
A Igreja Congregacional tem as seguintes categorias de Oficiais:

a) Pastor - b) Presbíteros - c) Diáconos

a) Pastor - é o Ministro do Evangelho eleito pela Igreja para pastorear o rebanho de Deus, tendo cuidado dele, como preceitua a Palavra de Deus (At 20.28; 1 Pe 5.1-4).

b) Presbítero - é aquele oficial que é eleito pela Igreja para auxiliar o Pastor no governo espiritual da Igreja local (Tt 1.5-9; 1 Tm 5.17).

c) Diácono - é aquele oficial que é eleito para cuidar das temporalidades da Igreja especialmente dos crentes necessitados (Beneficência) (At 6.1-6).

Estrutura Eclesiástica:
Para o funcionamento adequado da Igreja Congregacional, a seguinte estrutura eclesiástica é utilizada: Na parte superior da estrutura está a assembléia de membros, órgão máximo. Logo abaixo vem o Pastorado que, por delegação, recebe da assembléia poderes para gerir a Igreja como um todo, auxiliado na parte espiritual pelos Presbíteros e parte das temporalidades da Igreja pelos Diáconos. Depois do Pastor ou Pastores vem o corpo de Oficiais, composto de Presbíteros e Diáconos, cada um com atribuições específicas. Depois, seguem-se os Departamentos e Congregações da Igreja.

Sua Estrutura Administrativa:
Por estrutura administrativa, entenda-se o funcionamento da parte ligada a área patrimonial da Igreja (móveis, imóveis, pessoas sustentadas e/ou contratadas pela Igreja, etc). No topo da estrutura aparece a assembléia, órgão máximo do regime Congregacional. Logo abaixo segue-se o Pastorado que, por delegação, é o Presidente ex-ofício da Estrutura Administrativa. Logo após, encontramos a Diretoria do Patrimônio, seguida dos Departamentos e Congregações da Igreja.

Sola scriptura!

Wollney Ribeiro
Embaixador de Cristo.
Valker Neves
Pr. da Aliança das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil.

FONTES:
The Concise Oxford Dictionary of the Christian Church, 2000,
SERPA, Lorena. Raízes do Congregacionalismo no Brasil, 2009.
LOPES, Eudes. Estudos Congregacionais, 2006