quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O Verdadeiro Espírito do Natal


Postado por Solano Portela

A antiga revista Manchete, há muitas décadas, costumava publicar traduções semanais das colunas do jornalista-humorista Art Buchwald. Alguns anos atrás uma destas colunas foi intitulada: “Deve-se permitir, às igrejas, abrirem no dia do Natal?” Nela o autor descrevia um evento fictício no qual “um grupo de cidadãos se organizou para protestar a maneira como certas igrejas estão tentando transformar o Natal em um feriado religioso!”

O porta-voz do grupo, inventado, presta então as seguintes declarações ao Art Buchwald, na suposta entrevista: — "Bastante dinheiro, tempo e propaganda foram colocados na preparação do Natal, para deixarmos que uma pequena minoria estrague o evento usando este dia para ir à igreja. Não somos contra igrejas,” diz o personagem fictício, “mas somos terminantemente contra estas igrejas permanecerem abertas no dia dedicado ao nosso faturamento...”

Apesar da crônica estar carregada de humor, é triste verificarmos a aproximação da história narrada com a nossa realidade. O Natal tem sido distorcido e seu verdadeiro espírito esquecido. Suas bases e origens foram relegadas a um segundo plano.

Anos atrás a revista Time publicou um artigo mostrando a diferença de ênfases na celebração de Natal existente entre os dias atuais e a prática de algumas décadas passadas. Diz a revista que antigamente se pensava, nesta época, no relacionamento do homem para com Deus; enquanto que agora, pensa-se em termos do relacionamento do homem para com os outros homens. O ponto focal da história de Natal foi esquecido e este fato é refletido nas decorações e “slogans” natalinos da atualidade. Que melhor exemplo para isto do que os cartões que dizem apenas: “Boas Festas!”

Em Gálatas 4.4,5 nós lemos: “Mas vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para reunir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos”. Este é o propósito real do Natal. As canções, a mercantilização e mesmo o sentimentalismo fora de Cristo, que são sinônimos desta estação, tendem a obscurecer o significado real deste dia.

O Natal é mais do que um tributo à infância ou às mães; é mais do que um curto espasmo de generosidade e de bondade; é mais do que um incentivo ao comércio e ao lucro; não é meramente uma ocasião para comidas e bebidas, festas e alegrias vazias. É possível nos envolvermos tanto com o papel, os invólucros, as fitas e os cordões, que chegamos a perder o presente real.

Deus, mandando o Seu Filho para redimir aqueles que estão sob a maldição do pecado—este é o verdadeiro milagre e o verdadeiro presente de Natal! Este é o verdadeiro espírito do Natal!

A Bíblia nos diz que o Natal é muito mais do que um congraçamento entre os “homens de boa vontade”, pois é, na realidade, “boa vontade para com os homens”, da parte de Deus. A celebração sem substância do Natal nulifica o seu verdadeiro espírito. Freqüentemente entoamos o hino natalino, “Cantai que o Salvador chegou!” Se esta canção está em nossos corações, a falta de esperança se transformará em alegria e o vazio será preenchido com vida. Não fará muita diferença se estivermos numa multidão ou sozinhos. A alegria do Senhor e as vozes dos seus anjos ressoarão em nossos corações. Isto é o que é o Natal.

Um Feliz Natal para Todos!

Fonte: http://tempora-mores.blogspot.com/2005/12/o-verdadeiro-esprito-do-natal.html

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

10 verdades que pregamos sobre 10 mentiras que praticamos

Sugerido pelo nosso irmão: Diego Hallen Brito (anão)

Certo pastor estava buscando levar a igreja à prática da comunhão e da devoção experimentadas pela igreja primitiva (conforme descrita em Atos dos Apóstolos). Logo recebeu um comunicado de seus superiores: “Estamos preocupados com a forma como você vem conduzindo seu trabalho ministerial. Você foi designado para tomar conta dessa igreja e a fez retroceder, pelo menos, uns 40 anos! O quê está acontecendo?”. O pastor respondeu: “40 anos? Pois então lamento muitíssimo! Minha intenção era fazê-la retroceder uns 2.000!”.

Atualmente temos acompanhado um retrocesso da vivência e prática cristãs. Mas, infelizmente, não é um retrocesso como o da introdução acima. Algumas das verdades cristãs têm sido negadas na prática. Como diz Caio Fábio, muitos de nós somos “crentes teóricos, entretanto, ateus práticos”. Segue-se uma pequena lista dos top 10 das verdades que pregamos (na teoria) acerca das mentiras que vivemos (na prática):

I - “SÓ JESUS SALVA” é o que dizemos crer. Mas o que ouvimos dizer é que só é salvo, salvo mesmo, quem é freqüente à igreja, quem dá o dízimo direitinho, quem toma a santa ceia, quem ganha almas para Jesus, quem fala língua estranha, quem tem unção, quem tem poder, quem é batizado, quem se livrou de todo vício, quem está com a vida no altar (seja lá o que isso signifique), quem fez o Encontro, etc e etc. Resumindo: em nosso conceito de salvação, só é salvo aquele que não me escandaliza.

II - “DIANTE DE DEUS, TODOS OS PECADOS SÃO IGUAIS” é o que dizemos crer. Mas, diante da igreja, o único pecado é fazer sexo fora do casamento. Quando um irmão é pego em adultério, é comum ouvirmos o comentário: “O irmão fulano caiu...”. Ou seja, adultério é visto como uma “queda”. Mas a fofoca que leva a notícia do adultério de ouvido a ouvido é permitida (embora, na Bíblia haja mais referências ao mexeriqueiro do que ao adúltero). Estar com o nome ‘sujo’ no SPC é permitido, embora a Bíblia condene o endividamento. Ser glutão é permitido, a ‘panelinha’ é permitida, sonegar imposto de renda é permitido (embora seja mentira e roubo), comprar produto pirata é permitido (embora seja crime) construir igreja em terreno público é permitido (embora seja invasão).

III - “AUTOFLAGELAÇÃO É SACRIFÍCIO DE TOLO”, é o que dizemos crer. Condenamos o sujeito que faz procissão de joelhos, que sobe escadarias para pagar promessas. Ainda assim praticamos um masoquismo espiritual que se expõe em frases do tipo: “Chora que Deus responde”; “a hora em que seu estômago está doendo mais é a hora em que Deus está recebendo seu jejum”; “quando for orar de madrugada, tem que sair da cama quentinha e ir para o chão gelado”; “tem que pagar o preço”.

IV - “ESPÍRITO DE ADIVINHAÇÃO É DIABÓLICO” é o que dizemos crer, mas vivemos praticando isso nas igrejas, dentro dos templos e durante os cultos!
- Olha só a cara do pastor. Deve ter brigado com a esposa.
- A irmã Fulana não tomou a ceia. Deve estar em pecado.
- Olha o irmão no boteco. Deve estar bebendo...
- Olha só o jeito que a irmã ora. É só para se amostrar...
- Olha a irmã lá pegando carona no carro do irmão. Hum, aí tem...

V - “DEUS USA QUEM ELE QUER” é o que dizemos. Mas também dizemos: Deus não pode usar quem está em pecado; Deus não usa ‘vaso sujo’; “Como é que Deus vai usar uma pessoa cheia de maquiagem, parecendo uma prostituta?”.

VI - “DEUS ABOMINA A IDOLATRIA” dizemos. Mas esquecemos que idolatria é tudo o que se torna o objeto principal de nossa preocupação, lealdade, serviço ou prazer. Como renda, bens, futebol, sexo ou qualquer outra coisa. A questão é: quem ou o quê regula o meu comportamento? Deus ou um substituto? Há até muitas esposas, por exemplo, que oram pela conversão do marido ao ponto disso tornoar-se numa obsessão idolátrica: “Tenho que servir bem a Deus, para ele converter meu marido”; “Não posso deixar de ir a igreja senão Deus não salva meu marido”; “Preciso orar pelo meu marido, jejuar pelo meu marido, fazer campanhas pelo meu marido, deixar de pecar pelo meu marido”. Ou seja, a conversão do marido tornou-se o objetivo final e Deus apenas o meio para alcançar esse objetivo. E isso também é idolatria.

VII - A BÍBLIA É A ÚNICA REGRA DE FÉ E PRÁTICA CRISTÃS
...Eu sei que a Bíblia diz, mas o Estatuto da Igreja rege...
... Eu sei que a Bíblia diz, mas nossa denominação não entende assim
... Eu sei que a Bíblia diz, mas a profeta revelou que é assim que tem que ser
... Eu sei que a Bíblia diz, mas o homem de Deus teve um sonho...
...Eu sei que a Bíblia diz, mas isso é coisa do passado...

VIII - DEUS ME DEU ESTA BENÇÃO!
...mas eu paguei o preço.
...mas eu fiz por onde merece-la.
...mas não posso dividir com você porque posso estar interferindo na vontade de Deus. Vai que Ele não quer que você tenha... Se você quiser, pague o preço como eu paguei.

IX - NÃO SE DEVE JULGAR PELAS APARENCIAS. AS APARENCIAS ENGANAM – mas frequentemente nos deixamos levar por elas para emitirmos nossos juízos acerca dos outros. Julgamos pela roupa, pelo corte de cabelo, pelo tamanho da saia, pelo tipo de maquiagem (ou a falta dela), pelo jeito de andar, de falar, pelo aperto de mão, pela procedência. Frequentemente, repito: frequentemente falamos ou ouvimos alguém falar: “Nossa! Como você é diferente do que eu imaginava. Minha primeira impressão era de que você era outro tipo de pessoa”.

X - A SANTIFICAÇÃO É UM PROCESSO DE DENTRO PARA FORA (é o que dizemos) – na prática não basta ser santo, tem que parecer santo. Se a tal ‘santificação’ não se manifestar logo em um comportamento pré-estabelecido, num jeito de falar, andar, vestir e de se comportar é porque o sujeito não se ‘converteu de verdade’

Fonte: www.genizahvirtual.com

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Apoio ao Rev. Augustus Nicodemus

Vamos pensar um pouco acerca do termo homofobia, como também suas implicações.

Analisando um pouco a palavra, percebemos que em si ela não quer dizer absolutamente nada. Vejamos:

homo - Elemento que significa igual, semelhante.
fobia - Receio patológico persistente; é o temor ou aversão exagerada ante situações, objetos, animais ou lugares.

Fazendo a junção das duas palavras teremos algo deste tipo: Aversão pelo semelhante (igual). Logo, verificamos a falta de sentido, pois não é essa a realidade. Então, no que tange ao termo, já temos problemas.

O grande problema é que, o texto do Projeto de Lei PLC 122/2006 visa criminalizar todo aquele que expresse ser contrário a homossexualidade e, desta forma, fecha a boca de todo cidadão. Se a PLC 122/2006 for aprovada, qualquer outra classe terá o direito de também exigir leis do mesmo naipe, tal como: evangelicofobia (aversão aos evangélicos), igualmente, todo aquele que fizer qualquer crítica a este grupo constitui-se crime. Além deste, vejamos outros, por exemplo: Politicofobia, agiotafobia, jogadorfobia, torcidafobia, juizdefutebolfobia, advogadofobia, pastorfobia,... É bizarro não? Claro que sim! Todavia, é exatamente isso que querem fazer com esta lei, ou seja, privilegiar determinada classe (grupo) de pessoas. No fim das contas, se continuar desta maneira, chegaremos em um ponto da história que não poderemos mais abrir a boca; não haverá ciência, pois o autor da teoria refutada acusará o "oponente" de discriminação. Destarte, percebemos como é fútil pensar de tal modo.

Reiteramos que em HIPÓTESE ALGUMA apoiamos a violência contra pessoas que escolheram o homossexualismo. Nosso ponto é a discordância para com suas práticas, exercendo, desta maneira, nossa liberdade de expressão tal como qualquer cidadão poderia externar algum desacordo concernente a qualquer área da igreja evangélica. No entanto, não seria por isso que nos sentiríamos mortalmente ofendidos a ponto de afirmar que tal pessoa tem ódio da igreja ou do quesito em questão.

Percebemos que tal idéia caminha na contra-mão da liberdade e, corrobora com a discriminação. A PLC 122/2006 tenciona fechar a boca daqueles que pregam o evangelho e, estão querendo nos dizer que isto é a verdadeira liberdade? Não podemos concordar. Como pregaríamos textos da envergadura de Levítico 18.22; Romanos 1.24-27; 1 Coríntios 6:9-11? Estaríamos proibidos! Portanto, jamais podemos conceber que nossa liberdade seja extirpada.

Assim sendo, declaramos nosso apoio ao reverendo Augustus Nicodemus Lopes, chanceler da universidade Mackenzie, por entender que o seu ato foi pura liberdade de expressão à qual é defendida por nossa constituição.

Valker Neves
Pr. da Aliança das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil

Projeto EvangelizAção

“Arrependei-vos, portanto, e convertei-vos, para que seus pecados possam ser cancelados, a fim de que tempos de refrigério possam vir da presença do Senhor” (At. 3:19-20a).

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

URGENTE!!!


Foto: pastor e chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie Augustus Nicodemus Lopes desencadea nova polêmica sobre homossexualidade e homofobia. Grupos LGBT organizam protestos em frente á instituição.


Por Leonardo Goncalves

[Leia também: Universidade Mackenzie: Em defesa da liberdade de expressão religiosa]


Esta semana o debate sobre o tema da homossexualidade voltou a ser pautado pela mídia impressa, televisiva e virtual. Um verdadeiro turbilhão de comentários criticando o pronunciamento do doutor Augustus Nicodemus Lopes, chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Em seu artigo, Augustus critica o Projeto de Lei 122/06, que pretende criminalizar certas atitudes e opiniões com respeito aos homossexuais. Segundo o reverendo presbiteriano, a lei “parte do princípio que toda manifestação contrária ao homossexualismo é homofóbica (...) uma lei dessa natureza maximiza direitos a um determinado grupo de cidadãos, ao mesmo tempo em que minimiza, atrofia e falece direitos e princípios já determinados principalmente pela Carta Magna e pela Declaração Universal de Direitos Humanos”. Curioso é o fato de que o artigo foi redigido e publicado pela primeira vez em 2007, mas só agora os grupos LGBT se sentiram incomodados por seu conteúdo.

Alguns minutos depois da publicação do texto no site da Mackenzie, uma onda de protestos se levantou entre as redes sociais. A comunidade Gay, bem como simpatizantes do movimento, consideraram o artigo preconceituoso, e a pressão foi tão grande que a Mackenzie foi forçada a retirar o artigo do ar e emitir uma breve nota de esclarecimento. Não há na nota um pedido de desculpas oficial, mas sim uma defesa da liberdade de opinião, afirmando em outras palavras, que tanto gays quanto heterossexuais, bem como representantes de diversas opiniões e credos tem amplo direito de se expressar:

“O Mackenzie se posiciona contra qualquer tipo de violência e descriminação feitas ao ser humano, como também se posiciona contra qualquer tentativa de se tolher a liberdade de consciência e de expressão garantidas pela Constituição"


Insatisfeitos com a retirada do texto polêmico, ativistas LGBT marcaram um protesto em frente à sede do Mackenzie em São Paulo, que deve acontecer no próximo dia 24. Poucas horas depois do convite feito no Facebook, mais de 1900 pessoas confirmaram presença.

Se por um lado a liderança homossexual começa a se articular, por outro lado os evangélicos continuam fazendo pronunciamentos, muitos dos quais são bastante veementes. O ativista pró-familia Julio Severo criticou a postura tomada pelo movimento gay: “os homofascistas nunca trocariam o Mackenzie por uma mesquita como alvo de suas reais manifestações de ódio. Eles tremeriam de medo só de pensar em fazer um protesto na frente da Embaixada do Irã, país que tradicionalmente mata homossexuais!”. Segundo Julio, os homossexuais se aproveitam da passividade dos cristãos.

O pastor Renato Vargens, líder da Igreja Cristã da Aliança em Niterói, antecipou a série de eventos recordando momentos históricos em que a perseguição aos evangélicos foi mais intensa. Sobre o PLC 122/06, ele declara: “Os cristãos evangélicos correm o risco de sofrerem novas perseguições substanciais em virtude do projeto de lei 122 que tramita na Congresso Nacional que se aprovado irá criminalizar àqueles que manifestam suas opiniões religiosas contrárias ao casamento gay”. Ele também diz que “a fé protestante não defende a homofobia. Na verdade, nós cristãos-evangélicos somos contrários a todo tipo de violência física (…) Todavia, acreditamos também que possuímos o direito irrevogável e constitucional de expor publicamente nossa fé conforme claramente afirma a nossa carta magna”

Fonte: http://www.pulpitocristao.com/2010/11/mackenzie-e-homofobia-verdade-por.html

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Paipóstolo? Essa não!

Postado por Augustus Nicodemus Lopes

Eu sabia que ando meio desatualizado, mas não sabia que era tanto assim. Fui tomado de surpresa quando na sala de aula, após criticar a voracidade com que líderes evangélicos se auto-atribuem títulos cada vez mais elevados (pastor, bispo, apóstolo, nesta seqüência), um aluno disse que já existe "paipóstolo", o pai dos apóstolos. Não acreditei. Tive que ir à Internet e fazer uma pesquisa. Lá de Manaus, eis que surge o "paipóstolo"!

É tão rídículo que por uns instantes fiquei atordoado. E mesmo que o tema nem valha uma reflexão séria, e mesmo que outros na Internet já expressaram total repúdio, achei que devia dizer alguma coisa. Primeiro, paipóstolo não faz o menor sentido. Se a intenção era querer dizer "pai dos apóstolos", furou. Pois pai+póstolo não significa nada. "Póstolo" é o quê? A palavra grega, da qual se origina apóstolos, é apostolos. Não é postolos. Começa por aqui.

Depois, não acho que este tipo de coisa é o resultado de megalomania ou soberba. Não, acho que existem motivos mais rasteiros. No fim, acho que é dinheiro mesmo. Pois o paipóstolo logo em seguida lançou a campanha da unção dos nobres, que lhe renderá milhões. Neste jogo, ganha quem for maior, mais elevado e tiver mais poder. E quem é acima de um paipóstolo? (por enquanto, ninguém, mas quem viver, verá).

Só falta aparecer uma "mãepóstola". E o pior, é que já apareceu mesmo, a esposa do referido paipóstolo.

O Senhor Jesus disse que não deveríamos ser chamados de mestres dos homens, pois um só é nosso Mestre, o Cristo. Com isto ele estava proibindo a arrogância e o desejo de dominar sobre os outros. O autor de Hebreus, ao comentar sobre o sacerdócio, diz que ninguém toma para si mesmo essa honra, senão aquele que é chamado por Deus (Hb 5:4). Quando me senti chamado ao ministério, mesmo que soubesse que era uma boa aspiração (1Tm 3.1), relutei por um tempo, considerando a grandeza da honra e da responsabilidade. Todos os profetas do Antigo Testamento, quando chamados por Deus, tremeram diante da responsabilidade da função. Moisés, a mesma coisa. Quando vejo líderes evangélicos subindo vorazmente numa escalada de títulos que eles mesmos inventaram, não vejo ai o Espírito de Deus, mas o espírito deste mundo, o anticristo, que mediante falsos profetas engana as multidões.

E o pior de tudo é a falta de discernimento do povo, que segue após tais pessoas... estava certo quem disse que os evangélicos no Brasil têm a alma católica, que anseia por um papa.

"Eles são do mundo. Por isto o mundo os ouve" (1Jo 4:5).

Fonte: http://tempora-mores.blogspot.com/2005/12/paipstolo-essa-no.html

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A Loucura do Evangelho ou as Loucuras dos Evangélicos?

O apóstolo Paulo escreveu aos coríntios que a palavra da cruz é loucura para a mente carnal e natural, para aqueles que estão perecendo (1Co 1:18, 21, 23; 2.14; 3.19). Ele mesmo foi chamado de louco por Festo quando lhe anunciava esta palavra (Atos 26.24). Pouco antes, ao passar por Atenas, havia sido motivo de escárnio dos filósofos epicureus e estóicos por lhes anunciar a cruz e a ressurreição (Atos 17:18-32). O Evangelho sempre parecerá loucura para o homem não regenerado. Todavia, não há de que nos envergonharmos se formos considerados loucos por anunciar a cruz e a ressurreição. Como Pedro escreveu, se formos sofrer, que seja por sermos cristãos e não como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outros (1Pedro 4.15-16).

Nesta mesma linha, na carta que escreveu aos coríntios, o apóstolo Paulo, a certa altura, pede que eles evitem parecer loucos: "Se, pois, toda a igreja se reunir no mesmo lugar, e todos se puserem a falar em outras línguas, no caso de entrarem indoutos ou incrédulos, não dirão, porventura, que estais loucos?" (1Co 14:23). Ou seja, o apóstolo não queria que os cristãos dessem ao mundo motivos para que nos chamem de loucos a não ser a pregação da cruz.

Infelizmente os evangélicos - ou uma parte deles - não deu ouvidos às palavras de Paulo, de que é válido tentarmos não parecer loucos. Existe no meio evangélico tanta insensatez, falta de sabedoria, superstição, coisas ridículas, que acabamos dando aos inimigos de Cristo um pau para nos baterem. Somos ridicularizados, desprezados, nos tornamos motivo de escárnio, não por que pregamos a Cristo, e este, crucificado, mas pelas sandices, tolices, bobagens, todas feitas em nome de Jesus Cristo.

O que vocês acham que o mundo pensa de uma visão onde galinhas falam em línguas e um galo interpreta falando em nome de Deus, trazendo uma revelação profética a um pastor? Podemos dizer que o ridículo que isto provoca é resultado da pregação da cruz? Ou ainda, o pastor pião, que depois de falar línguas e profetizar rodopia como resultado da unção de Deus? (foto) Ou ainda, a "unção do leão" supostamente recebida da parte de Deus durante show gospel, que faz a pessoa andar de quatro como um animal no palco?

Eu sei que vão argumentar que Deus falou através da burra de Balaão, e que pode falar através de galináceos ungidos. Mas, a diferença é que a burra falou mesmo. Ninguém teve uma visão em que ela falava. E deve ter falado na língua de Balaão, e não em línguas estranhas. Naquela época faltavam profetas - Deus só tinha uma burra para repreender o mercenário Balaão. Eu não teria problemas se um galinheiro inteiro falasse português na falta de homens e mulheres de Deus nesta nação. Mas não me parece que este é o caso.

Sei que Deus mandou profetas andarem nus e profetizarem e fazerem coisas estranhas como esconder cintos de couro para apodrecerem. E ainda mandou outros comerem mel silvestre e gafanhotos e se vestirem de peles de animais. Tudo isto fazia sentido naquela época, onde a revelação escrita, a Bíblia, não estava pronta, e onde estes profetas eram os instrumentos de Deus para sua revelação especial e infalível. Não vejo qualquer semelhança entre o pastor pião, a pastora leoa e o profeta Isaías, que andou nu e descalço por três anos como símbolo do que Deus haveria de fazer ao Egito e à Etiópia (Is 20:2-4).

Eu sei que o mundo sempre vai zombar dos crentes, mas que esta zombaria, como queria Paulo, seja o resultado da pregação da cruz, da proclamação das verdades do Evangelho, e não o fruto de nossa própria insensatez.

Eu não me envergonho da loucura do Evangelho, mas das loucuras de alguns que se chamam de evangélicos.

Fonte: http://tempora-mores.blogspot.com/2009/10/loucura-do-evangelho-ou-as-loucuras-dos.html

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Você acha correto o uso de músicas seculares no culto mesmo com caráter cristão?

Na atualidade bandas de seculares como U2 fazem músicas com conteúdo cristão. Há algum tempo na tv uma denominação cantou música da Sandy e Junior em um dos cultos. Você acha correto o uso de músicas seculares no culto mesmo com caráter cristão?

Lembro-me de um amigo, dirigente de grupo de louvor, que disse ter participado em certa ocasião, da santa ceia de uma igreja presbiteriana do Rio de Janeiro, na qual foram entoadas duas canções seculares bem conhecidas de nós brasileiros. Uma delas, do cantor Gilberto Gil, cuja letra diz a seguinte coisa:

Se eu quiser falar com Deus
tenho que aceitar a dor
Tenho que comer o pão
Que o Diabo amassou
Tenho que virar um cão
Tenho que lamber o chão
Dos palácios, dos castelos
Suntuosos do meu sonho
Tenho que me ver tristonho
Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho
Alegrar meu coração

Se eu quiser falar com Deus
Tenho que me aventurar
Tenho que subir aos céus
Sem cordas pra segurar
Tenho que dizer adeus
Dar as costas, caminhar
Decidido, pela estrada
Que ao final vai dar em nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Do que eu pensava encontrar

Achei tudo fora de hora, de profundo mal gosto e ofensivo à glória de um Ser cujo Filho foi moído pelas nossas transgressões.

Não sou a favor de se levar para o culto músicas cujas letras ensinam o exato oposto da fé cristã ou que tão somente dizem aquilo que todos os dias ouvimos em ruas, praças, bares, praia -e não nos sacam deste mundo de miséria e dor-, a fim de elevarmos nossa mente ao Deus absolutamente amável revelado pelo evangelho de Cristo. Creio que deveríamos ser criteriosos quanto ao contato com essas músicas até na nossa vida privada. Por que parar para ouvir o que desperta a dor, deprime, estimula as paixões mais pueris?

A letra da música, sem margem de dúvida, é um dos pontos óbvios da questão. Mas, o que falar do ritmo musical? Todos devem ser aceitos e introduzidos no culto a Deus? Eles são neutros? Não ex iste ritmo profano? Certamente nossas preocupações devem também envolver os ritmos musicais. A melodia desperta os mais diferentes tipos de emoção. O senso comum, portanto, nos ensina que as canções que inserimos em toda e qualquer solenidade, têm que ser harmonizar ao estado do espírito humano de momento.

Há ritmos musicais que não convidam a alma para a contemplação de um Deus santíssimo, "sobrevestido de glória e majestade".

Quanto a sacralização, vamos assim dizer, de canções seculares, introduzindo conteúdo cristão às melodias, sabemos que há precedentes na história do cristianismo para esse tipo de prática. Lutero foi um que usou músicas populares, alterando a letra, e introduzindo-as no culto. Castelo Forte é uma delas. Gostaria muito que algumas das músicas seculares que ouço há anos (especialmente quando escrevo livros, artigos e sermões), tivessem conteúdo cristão e pudessem ser usadas na adora� �ão.

Não podemos nos esquecer, no entanto, que dependendo da música, tem-se que tratar da questão dos direitos autorais, e que algumas canções marcaram tanto a vida de uma determinada cultura, que é quase impossível dissociá-las do seu propósito original.

Estou certo de que enriqueceria a vida da nossa sociedade, se músicos cristãos fossem capazes de ensinar os valores do cristianismo através de suas composições. As letras não precisariam necessariamente mencionar as palavras com as quais estamos tão familiarizados na Bíblia, e que assumem forte conotação religiosa para o não-cristão. Eles fariam como o livro de Ester, no Antigo Testamento, que fala sobre Deus do início ao fim, sem mencionar o seu nome.

A música é uma das principais avenidas da alma para a contemplação do que transcende a esta vida de luto e lágrimas. Que saibamos ser criteriosos quanto ao que vamos ouvir em casa, bem como quanto ao que vamos trazer para nossos cultos, pois uma boa escolha musical poderá representar para a sua e a minha vida, contato com o que faz a verdade penetrar de modo mais profundo na alma.


Antonio Carlos Costa


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Reunião Dia 4 de Novembro (Quinta -feira)

Olá galerinha! A paz do Senhor!

Gostaria de lembrá-los que amanhã, dia 04 de Novembro, terá nossa reunião semanal. Será na casa do Pr. Valker Neves, as 21:30. Não faltem e continuem orando pelo nosso projeto. Siiiim, queremos lembrá-los também aos membros da Igreja Congregacional Central que amanhã será servida a Ceia do Senhor... estejam presentes!

Deus abençoe vocês!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Chegou o segundo turno – e agora? A Hora da Decisão na campanha presidencial 2010.


 A justiça exalta as nações, mas o pecado é o opróbrio dos povos. Provérbios 14.34

Quando se multiplicam os justos, o povo se alegra, quando, porém, domina o perverso, o povo suspira. Provérbios 29.2




Contrariando as projeções das pesquisas e as expectativas da candidata Dilma Rousseff as eleições presidenciais de 2010 foram remetidas ao segundo turno, possivelmente até para surpresa do candidato José Serra, o segundo colocado.

Os analistas divergem quanto às causas principais desse resultado. Inicialmente, falou-se bastante na influência da intensa campanha movida pela Internet, por evangélicos, católicos e até espíritas, apontando as posições, do partido da líder nas pesquisas, em favor do aborto, da defesa ao casamento homossexual e da proibição a identificar o homossexualismo como o pecado que é. Essas e outras posições moralmente condenáveis integram tanto o malfadado projeto lei PLC 122/2006, quanto o execrável Plano Nacional dos Direitos Humanos, em sua terceira versão. Estes, sob o suposto manto de oposição à discriminação (atualmente, convicções religiosas estão sendo automaticamente rotuladas pejorativamente de “preconceito” ou de “discriminação”), procuram impingir formas de vidas condenáveis pela Palavra de Deus a todas as famílias brasileiras. Devemos lembrar, também, que o partido da Sra. Dilma suspendeu os direitos partidários de dois dos seus integrantes por manterem convicções contrárias a essas bandeiras defendidas pelos militantes.

Mais recentemente, a imprensa passou a apontar os casos de corrupção na Casa Civil, protagonizados pela família de Erenice Guerra, como sendo o principal fator responsável pela perda de votos da candidata Dilma, frustrando os planos de que a eleição presidencial fosse decidida no primeiro turno.

Qualquer que tenha sido o fator principal, ou, o que é mais realista, a combinação de fatores, a verdade é que ganhamos uma prorrogação na qual podemos refletir adicionalmente em nossas responsabilidades como cristãos. Aproveitando essas “horas extras”, não deveríamos esquecer que:

1. O SENHOR é que governa as nações (Sl 22.8). O Salmo 24.1-2 diz: “Ao SENHOR pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam. Fundou-a ele sobre os mares e sobre as correntes a estabeleceu”. Esse governo inclui a determinação de quem governa, ou não, conforme lemos em Daniel 2.21: “... é ele quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis; ele dá sabedoria aos sábios e entendimento aos inteligentes”. Isso significa que, contrariamente ao que ensinam alguns teólogos contemporâneos, os quais dizem que Deus não interfere nos afazeres dos homens, e até nem teria poder sobre o futuro, pois este ainda não aconteceu, a Bíblia claramente ensina que a regência soberana de Deus é uma realidade. Ela é exercida sobre os governantes e nações, independentemente do sistema de governo encontrados nelas. Para nós, neste momento, significa que qualquer que seja o resultado da eleição, este está debaixo da soberania divina; nada fugiu ao seu controle. Deus tem os seus propósitos e os cumprirá, com certeza. Nunca há lugar para orgulho excessivo, nem para desespero.

2. Pessoas recebem de Deus a delegação de governar sobre outros. A fé reformada reconhece que o governo é dádiva da graça comum de Deus. Qualquer governo é melhor do que anarquia. No pensamento reformado, o governo é uma conseqüência do pecado, fruto da benevolência de Deus (não faz parte da “lei natural”, como afirmam os católicos-romanos). Ele foi especificamente definido a Noé (Gn 9), como representante da humanidade, colocando a força na mão das autoridades, para punir os malfeitores. Detalhamento adicional, no Novo Testamento, temos em Romanos 13.1-7, onde os governantes são chamados de Ministros de Deus, para punição do mal e reconhecimento dos que praticam o bem. Essa é uma tremenda responsabilidade para quem governa, pois mostra que o poder não é absoluto nem divorciado das obrigações para com os absolutos de Deus. Fala-se muito, hoje em dia, do estado laico, como se não houvesse qualquer obrigação estatal de observar princípios universais de justiça e equidade, que procedem de Deus. Enquanto reconhecemos a separação da igreja e do estado, como esferas autônomas; devemos reconhecer, também, que ambos prestam contas a Deus. É inadmissível e é condenável o estado que promove e patrocina atos imorais e de injustiça, e os governantes devem ser relembrados disto.

3. Temos obrigações para com os governantes. A Bíblia é clara quando aponta o caminhar cristão como o de cidadãos responsáveis e respeitosos das autoridades instituídas. Atos 26.2-3 e 24-25 registram o respeito que Paulo tinha para com as autoridades governamentais, até para com aquelas que procediam injustamente para com ele (veja também 1 Pedro 2.13-15 e 18). E é ele que escreve em sua primeira carta a Timóteo (2.2) que devemos honrá-las e interceder por elas, para que tenhamos uma vida tranqüila (ou seja, para que cumpram a finalidade para a qual existem: garantir o bem-estar e segurança dos cidadãos). Obediência às autoridades é, portanto, esperada dos Cristãos e o limite dessa obediência é estabelecido pela própria Palavra de Deus (Atos 4.19-20 e 5.29). Esse limite é quando o governo procurar legislar CONTRA o que Deus nos comanda em sua palavra; quando ele procurar estabelecer que o que é “mal”, o que é “amargo” e “escuro”, é “bem”, “doce” e “luz” (Is. 5.20-21). Nesses casos, então, “importa obedecer a Deus” e não aos homens. Talvez esse seja um dos grandes testes à igreja nos anos à frente: os cristãos irão afrouxar e diluir os padrões bíblicos, mediante a pressão e a legislação governamental, ou manterão a sua identidade e lealdade à Bíblia?

4. Escolher governantes é um grande privilégio. O povo de Deus subsistiu debaixo dos mais diversos regimes: monarquia, impérios despóticos, regência militar, etc. A obrigação foi sempre de se manter fiel a Deus, e ao testemunho cristão, e respeitoso para com as autoridades, independentemente de como chegaram ao poder. No entanto, indubitavelmente, ter a capacidade de escolher os representantes, como ocorre em uma democracia representativa, é um grande privilégio. Não devemos desprezar essa bênção e essa liberdade recebida de Deus. O voto é também uma maneira de expressar convicções e de defender posições que mais se aproximem das diretrizes divinas. Se a eleição é uma metodologia instituída na Bíblia até para as questões sagradas, na igreja (Atos 6.1-5; 14.23), não há porque disputar a legitimidade dela para escolhas de líderes, na esfera governamental.

Considerando todas essas coisas, não devemos ser ingênuos e achar que a candidata Dilma é do mal, enquanto que o candidato Serra é do bem. Enquanto que as posições partidárias da Sra. Dilma estão bem explicitadas, e elas claramente contradizem o caminhar cristão; além dos seguidos casos de corrupção governamental, aos quais as autoridades têm dado importância mínima; não podemos esquecer que o Sr. Serra tem a infame honra de ser promotor da promiscuidade sexual, sob o suposto manto da prevenção do HIV, com as terríveis campanhas, quando ocupava o ministério da saúde.

De um lado, a Sra. Dilma procura convencer a todos de que suas posições com relação ao aborto mudaram e que ela, agora, é pró-vida. No entanto sua nova argumentação fala do aborto apenas como sendo “violência à mulher” – nenhuma palavra quanto aos direitos da criança, ou quanto à santidade da vida. Além disso, fala constantemente do aborto como sendo uma questão de “saúde pública”, como se fosse comparável a uma estomatite, ou cárie dentária, sem nenhuma implicação moral. Do outro lado, é possível que as recentes posições conservadoras do Sr. Serra, sobre essa questão, sejam mais estratégia eleitoral, do que fruto de convicções éticas profundas(recente pesquisa mostra que 73,5% dos brasileiros são contra o aborto). Afinal, não podemos esperar muito do antigo líder da UNE que vulgarizou o sexo livre, popularizando o “Bráulio”.

Alguém pode dizer: “não há saída – somente anulando o voto”! . Não acredito na promoção do voto nulo, pois ele deveria somente ser fruto de erro de votação e não de uma ação racional. Quem tiver fortes convicções de abstenção, resta a alternativa do voto em branco – esse , sim, é uma expressão de uma decisão consciente. No entanto, deve haver a percepção de que assim se abdica de um privilégio (mais que um direito) de pontuar uma escolha. Essa raramente será uma escolha sem qualificações, ou com a expectativa de um governante e um governo ideal, mas é sempre uma alternativa para barrar um caminho pior à nação (o que o voto em branco ou nulo não conseguirá).

No entanto, sem a ingenuidade de achar que uma eventual eleição do Sr. Serra venha a representar a resolução de todos os problemas e a restauração plena da ética ao governo, vou dar a ele o meu voto. Farei isso apesar de discordar dele em outras questões não morais, mas administrativas, como, por exemplo, sua defesa, idêntica à da oponente, de um estado gigante, paternalista e suas posições contra privatizações, ignorando o benefício dessas no Brasil e no mundo, mas considero ele o menor dos males, na conjuntura atual. Creio também que ele chegou à percepção de que os governantes não podem tripudiar impunes às questões morais universais, impressas por Deus até na consciência dos ímpios (Romanos 2.14-15) e assim trará um melhor governo ao Brasil. Creio, em adição, que as sandices verbais, que hoje são proferidas em aura de impunidade e bajulação, serão melhor controladas. Acredito que, com o Sr. Serra, teremos uma política externa mais coerente e menos aventureira do que a atual, que corteja e engrandece déspotas, assassinos e tiranos. Estarei com a esperança de que o Sr. Serra, se eleito, não apenas lembre a "voz do povo" que o elegeu, sobre essas questões de moral e ética tão importantes ao bem estar da nossa nação, mas que também a respeite, juntamente com seus ministros e equipe. Isto é plausível, pois ele não estará tão amarrado a certas aberrações de uma plataforma oficial de partido quanto está, de certo, a outra candidata.

Em paralelo, espero manter minhas convicções cristãs, independentemente de quem ganhe, suplicando que Deus me ajude a, em intercessão, poder expressar as críticas, quando pertinentes, sempre de maneira respeitosa e fiel à Palavra.


Postado por Solano Portela

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Poderia descreve o processo de "santificação" e como podemos saber/constatar se permanecemos no processo?

Há evangélicos que infelizmente criaram um conceito de graça dentro do qual não cabe a doutrina da santificação. Tudo o que enfatizam é o amor perdoador de Deus. Não fazem menção do seu amor transformador. Falam de um Deus que no livra da culpa do pecado, mas não da escravidão do pecado. A promessa do evangelho, porém, envolve ambas as bençãos: "dos seus pecados não mais me lembrarei, e lhe darei um coração novo".

Foge à minha compreensão, como um pessoa pode dar-se por satisfeita por Cristo ter morrido pelos pecados dela, mas não se indignar com a presença em sua vida do pecado que levou Cristo à cruz. Ora, meu problema não é apenas o da culpa da qual quero me curar, mas de uma servidão da qual quero me libertar. Não devemos nunca nos deixar viciar por um perdão que nos conduz a sermos malvados porque Deus é gracioso.

O que é a santificação? Vamos às afirmações básicas:

1. Santificação é processual. A regeneração, justificação e adoção são instantâneas. A santificação resulta da operação diária do Espírito Santo na vida do convertido, mediante a qual sua vida dia após dia é tornada semelhante a Cristo.

2. Santificação resulta de trabalho duro. Quem quer ser santo deve separar tempo para isso. Nenhuma passagem bíblica nos estimula esperarmos pela experiência da benção da santificação, mas fazermos o que estiver ao nosso alcance -pela graça divina- para que Cristo seja formado no nosso ser. Ninguém é tornado santo sem disciplina de vida de oração, leitura das Escrituras, comunhão com a igreja.

3. Santificação tem Cristo como referência. Ser santo é ser tornado parecido com Cristo.

4. Santificação é aprender a amar. Nada é mais importante do que isso. É ser doce e desejar a Deus.

5. Santificação é obra a ser consumada no céu. Aqui na terra vem sempre aco mpanhada de muita imperfeição. Por isso, quem anda pela senda da santificação é humilde de espírito, chora pelo seu pecado, é manso e tem fome e sede de justiça.

6. Santificação é obra que tanto conduz à ética privada, quanto produz espírito público. É impossível dissociar, por exemplo, o bom pai e membro de igreja do bom cidadão. Como essa pessoa pode amar sua família, querer o bem da sua igreja e menosprezar a dor do que é explorado, vive na miséria e tem seus direitos violados todos os dias?

Sem santificação ninguém verá a Deus. O tema é sério. A maior evidência de novo nascimento é a presença de um coração santo que produz hábitos santos. A graça que garante a regeneração do coração e consequente implantação de um princípio novo de vida, inevitavelmente levará ao que dela foi objeto à prática do cristianismo. Praticar a verdade é a principal parte do cristianismo. Pelo fruto se conhece árv ore.

Antônio Carlos Costa

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Reunião hoje - dia 23.09

A paz galera!
Venho informar que hoje, dia 23 de Setembro, realizaremos a nossa reunião de evangelismo!
Como sempre, acontecerá na casa de Pr. Valker, as 21:30. Te espero lá para decidirmos algumas coisas e estarmos orando juntos. Até mais tarde! Beijos e tenham um bom dia!

domingo, 19 de setembro de 2010

Notícias sobre a escala de Setembro

A paz do Senhor!
A escala do mês de Setembro para a Igreja Congregacional de Lagoa Seca foi uma dificuldade a ser feita! Por isso, até o presente dia ainda não está disponível em nosso blog. Queremos lembrar aos irmãos que temos um compromisso com aquela igreja... e foi firmado por todos, em comum acordo. Sei que está complicado para muitos... fds passado estávamos em a maioria no EJC de Macaparana (e ainda dos que ficaram, só foram a Lagoa Seca: Geó e Diego) e fds que vem estarão novamente trabalhando em mais um EJC. Portanto, o mais justo seria que HOJE (dia 19.09) você que trabalhou em Macaparana fds passado e sabe que também não vai poder ir semana que vem por conta do EJC... tenha consciência e se faça presente no culto! Espero que entendam e compreendam este informativo! Lembrando que este é um trabalho voluntário, mais a partir do momento que vc assume um compromisso, pedimos que seja honesto e cumpra com seu dever.
Grata pela atenção!
Veruska Melo

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

As Eleições e os Políticos!


Como estamos na proximidade das eleições de 2010, resolvi "requentar" este post antigo, que ajuda também a responder algumas perguntas que me têm sido feitas por e-mail. No final do texto, apresento comentários que podem auxiliar os cristãos na hora do seu voto consciente - Solano
O Caráter do Político Astuto: Um Estudo sobre a Vida de Absalão

2 Samuel, capítulos 13 a 18

Introdução
A história de Absalão não é uma história bonita. Filho do Rei Davi, ele teve uma existência
marcada por inúmeros pecados. Era uma pessoa atraente, simpática, e famosa, que realmente chamava a atenção. Poucas pessoas no mundo poderiam receber o tipo de descrição que dele é feita em 2 Sm 14.25: “Não havia, porém, em todo o Israel homem tão celebrado por sua beleza como Absalão; da planta do pé ao alto da cabeça, não havia nele defeito algum”. Quando lemos a sua história, registrada nos capítulos 13 a 18 de 2 Samuel, vemos que ele era um daqueles “líderes natos”, com personalidade marcante e carismática. Era impulsivo em algumas ações, mas igualmente maquinador e conspirador para preencher suas ambições de poder. Por trás de um passado que abrigava até um assassinato de seu irmão, ele não hesitou em utilizar e manipular pessoas e voltar-se contra seu próprio pai, para vir a governar Israel. Uma vez no poder, demonstrou mais impiedade, crueldade e imoralidade. No seu devido tempo, foi castigado por Deus, sofrendo uma morte inglória, sendo Davi reconduzido ao poder.

O caráter de Absalão não é diferente de muitos personagens contemporâneos de nossa política. Na realidade, ele reflete bem como a ambição pelo poder, conjugada com outros pecados, transtorna o comportamento de políticos “espertos” e “astutos”, levando-os a uma vida de engano e egoísmo desenfreado, na maioria das vezes com o aproveitamento pessoal do bem público. Nessa época de eleições e mesmo após elas, necessitamos de sabedoria e discernimento, para penetrarmos a couraça de fingimento que é mostrada à sociedade. Necessitamos de uma conscientização de nossas responsabilidades, como cidadãos, para que estejamos cobrando, com o devido respeito, as responsabilidades de nossos governantes, conforme estipuladas nas Escrituras em Romanos 13.

Nosso propósito, neste post, é estudar as ações de Absalão registradas no capítulo 15 de 2 Samuel, versos 1 a 12, identificando algumas peculiaridades de sua pessoa e caráter para que sirva de alerta à nossa percepção do mundo político e da busca pelo poder. Acreditamos que essas características são reflexos da natureza humana submersa em pecado. Devemos aprender, portanto, que devemos resguardar nosso apoio irrestrito, a tais pessoas de intensa ambição. Devemos também agir responsavelmente como cidadãos cristãos, na medida do possível, para que as instituições que tais pessoas pretendem governar sejam também resguardadas.


As Características de Absalão

Vejamos, 10 características do político astuto e matreiro que foi Absalão, conforme o relato que temos no capítulo 15 do Segundo livro de Samuel:

1. Ostentação e demonstração de poder. No verso 1, lemos: “Depois disto, Absalão fez aparelhar para si um carro e cavalos e cinqüenta homens que corressem adiante dele”. No capítulos 13 e 14 lemos como Absalão ficou foragido, após assassinar seu irmão. Aparentemente, Davi tinha grande amor por Absalão e, após três anos dos acontecimentos que culminaram no assassinato e fuga, Davi o recebe de volta. Absalão era famoso. Em 2 Sm 14.25 lemos que ele era “celebrado” por suas qualidades físicas invejáveis e impecáveis. Possivelmente tudo isso havia “subido à cabeça”. Em vez de assumir uma postura de humildade e contrição, em seu retorno, o texto nos diz que ele trafegava em uma carruagem com cavalos. Semelhantemente a tantos políticos contemporâneos ele se deleitava na ostentação e na demonstração de poder. Nesse sentido, formou um extraordinário séquito de “batedores” – cinqüenta homens que corriam “adiante dele”. Certamente tudo isso contribuía para chamar ainda mais atenção, para a sua pessoa, e ia se encaixando nos planos que possuía, para a tomada do poder. Vamos ter cuidado com aqueles que buscam a ostentação e a demonstração do poder que já possuem, pois irão aspirar sempre mais e mais, às custas de nossa liberdade.

2. Comunicação convincente. O verso 2, diz: “Levantando-se Absalão pela manhã, parava à entrada da porta; e a todo homem que tinha alguma demanda para vir ao rei a juízo, o chamava Absalão a si e lhe dizia: De que cidade és tu? Ele respondia: De tal tribo de Israel é teu servo...”. Parece que Absalão não era preguiçoso. Levantava-se cedo e já estava na entrada da cidade, falando com as pessoas. Possivelmente tinha facilidade de comunicação, de “puxar conversa”. Identificava aqueles que tinham necessidades, aqueles que procuravam acertar alguma disputa e logo entrava em conversação com eles. Certamente essa é uma das características que nunca falta aos que aspiram o poder. Devemos olhar além da forma – devemos atentar para o conteúdo e a substância, procurando discernir os motivos do comunicador.

3. Mentira. O verso 3 mostra que Absalão era mentiroso. Era isso que Absalão comunicava àqueles com os quais ele conversava, com os que tinham demandas judiciais a serem resolvidas: “Então, Absalão lhe dizia: Olha, a tua causa é boa e reta, porém não tens quem te ouça da parte do rei”. Descaradamente ele minava a atuação, autoridade e função do rei Davi, seu pai. Com a “cara mais limpa”, como muitos políticos com os quais convivemos, passava uma falsidade como se fosse verdade. Certamente existia quem ouvisse as pessoas, em suas demandas. Certamente, nem toda causa era “boa e reta”, mas Absalão não estava preocupado com isso, nem com a verdade. Ele tinha os seus olhos postos em situação mais remota. Ele queria o poder a qualquer preço. Para isso não importava se ele tinha que atropelar até mesmo o seu pai. Não sejamos crédulos às afirmações inconseqüentes, às generalizações mentirosas de tantos que aspiram o poder.

4. Ambição e engano. O verso 4, confirma a linha de ação adotada por Absalão, na trilha da decepção: “Dizia mais Absalão: Ah! Quem me dera ser juiz na terra, para que viesse a mim todo homem que tivesse demanda ou questão, para que lhe fizesse justiça!” Será que realmente acreditamos que o malévolo Absalão estava mesmo preocupado com o julgamento reto das questões? Será que ele tinha verdadeira “sede e fome de justiça”? A afirmação demonstra, em primeiro lugar que a sua ambição era bem real – ele queria ser “juiz na terra” – posição maior que era ocupada pelo rei seu pai. Quanto à questão de “fazer justiça” – será que realmente podemos acreditar? Certamente com a demonstração de impiedade e injustiça que retratou posteriormente, quando ocupou o poder, mostra que isso era ledo engano aos incautos. Quantas pessoas terão sido iludidas por ele! Quantas o apoiaram porque acharam que ali estava a resposta a todas as suas preces e anseios – “finalmente, alguém para fazer justiça”! Como é fácil sermos iludidos e enganados em nossas necessidades! Não sejamos ingênuos para com promessas que não poderão ser cumpridas.

5. Bajulação. No verso 5, vemos como Absalão era mestre em adular aos que lhe interessavam: “Também, quando alguém se chegava para inclinar-se diante dele, ele estendia a mão, pegava-o e o beijava”. Que político charmoso! Estava prestes a receber um cumprimento, mas ele se antecipava! Com uma modéstia que era realmente falsa, como veríamos depois, ele fazia as honras para com o que chegava. Realmente era uma pessoa que sabia fazer com que os que o visitavam se sentissem importantes. Sempre gostamos de receber um elogio, de sermos bem tratados. Tenhamos a percepção de verificar quando existem interesses ocultos ou motivos noturnos por trás da cortesia aparente.

6. Furto de corações – O despertar de seguidores ferrenhos! O verso 6 fala literalmente dessa característica. Não, Absalão não violava sepulturas, nem estava interessado em transplantes de órgãos. Mas no sentido bem coloquial ele “roubava corações”: “Desta maneira fazia Absalão a todo o Israel que vinha ao rei para juízo e, assim, ele furtava o coração dos homens de Israel”. Com as ações descritas nos versos precedentes, Absalão angariava seguidores apaixonados por seu jeito de ser. Sua bandeira de justiça livre e abundante para todos, capturava o interesse, atenção e lealdade dos cidadãos de Israel. Não importava se havia um rei, legitimamente ungido pelo profeta de Deus. Aqui estava um pretendente ao poder que prometia coisas muito necessárias. Que era formoso de parecer. Que falava bem. O que mais poderiam as pessoas esperar de um governante? Será que alguém se preocupou em averiguar a sinceridade das palavras e das proposições? Será que alguém tentou aferir se as promessas proferidas eram possíveis de ser cumpridas? O alerta é para cada um de nós, também.

7. Falsa religiosidade – Os versos 7 a 9 registram: “Ao cabo de quatro anos, disse Absalão ao rei: Deixa-me ir a Hebrom cumprir o voto que fiz ao SENHOR, Porque, morando em Gesur, na Síria, fez o teu servo um voto, dizendo: Se o SENHOR me fizer tornar a Jerusalém, prestarei culto ao SENHOR”. É incrível como muitos políticos, mesmo desrespeitando os mais elementares princípios éticos, pretendem, em ocasiões oportunas, demonstrar religiosidade e devoção. No transcorrer do texto, vemos que tudo não passava de casuísmo, da parte de Absalão. Ele procurava costurar alianças. Procurava trafegar pela terra realizando os seus contatos, mas a fachada era a sua devoção religiosa. Pelo amor ao poder, antigos ateus declarados, se apresentaram como religiosos devotos. No campo evangélico deve haver uma grande conscientização de que existe uma significativa força eleitoral e política. Na busca pelo voto evangélico, muitos se declaram adoradores do Deus único e verdadeiro. Não nos prendamos às palavras, mas examinemos a vida e as obras de cada um, à luz das idéias que defendem. Vejamos também se as propostas apresentadas se abrigam ou contradizem os princípios da Palavra de Deus.

8. Conspiração – O verso 10, mostra que, finalmente, Absalão partiu para a conspiração aberta: “Enviou Absalão emissários secretos por todas as tribos de Israel, dizendo: Quando ouvirdes o som das trombetas, direis: Absalão é rei em Hebrom”. Insurgiu-se de vez contra o rei que havia sido ungido por Deus, para governar Israel. Não – ele não era um democrata que queria instalar uma república naquela terra. Valia-se de sua personalidade magnética, do seu poder de comunicação e das ações comentadas e registradas nos versos anteriores, para instalar um governo que seria não somente despótico, como opressor e abertamente imoral (2 Sm 16.22). Que Deus nos guarde dos políticos conspiradores, que desrespeitam as leis e autoridades e que são egoístas em sua essência.

9. Utilização de inocentes úteis – Leiamos o verso 11: “De Jerusalém foram com Absalão duzentos homens convidados, porém iam na sua simplicidade, porque nada sabiam daquele negócio”. Certamente essas duzentas pessoas, selecionadas a dedo, eram pessoas importantes e influentes. Certamente transmitiram a impressão que havia um apoio intenso e uniforme às pretensões de Absalão. Vemos que não é de hoje que as pessoas participam de uma causa sem a mínima noção de todas as implicações que se abrigam sob o apoio prestado. Devemos procurar pesquisar e estarmos informados sobre as causas públicas e sobre as questões que afetam a nossa vida e a da nossa nação. Nunca devemos permitir que sejamos utilizados como “inocente úteis” em qualquer causa, como foram aqueles “convidados” de Absalão.

10. Populismo – O verso 12 registra: “Também Absalão mandou vir Aitofel, o gilonita, do conselho de Davi, da sua cidade de Gilo; enquanto ele oferecia os seus sacrifícios, tornou-se poderosa a conspirata, e crescia em número o povo que tomava o partido de Absalão”. Vemos que, saindo do estágio secreto, a campanha ganhou as ruas e ganhou intensa popularidade, ao ponto em que um mensageiro chegou a dizer a David (v. 13) “o coração de todo Israel segue a Absalão”. Um dos ditos populares mais falsos é: “a voz do povo é a voz de Deus”. Não nos enganemos – muitas questões são intensamente populares, mas totalmente contrárias aos princípios da Palavra. Assim é também com as pessoas – a popularidade não é um selo de aprovação quanto ao comportamento ético e justo. Democracia (a regência pela maioria do povo) não é uma forma de se estabelecer o que é certo e o que é errado, mas uma maneira administrativa de se reger o governo sob princípios absolutos que não devem ser manipulados pela maioria, ou por minorias que se insurgem contra esses preceitos de justiça. Como cristãos, devemos ter uma visão muito clara dos princípios eternos de justiça, ética e propriedade revelados por Deus em Sua Palavra.


Conclusão

A história de Absalão que se iniciou no capítulo 13, continua até o capítulo 18. Absalão sempre gravitou próximo ao poder, mas aspirava o poder absoluto. Para isso, fez campanha, conspirou e lutou contra o seu próprio pai. Aparentemente esse político astuto foi bem sucedido. Foi alçado ao poder e lá se consolidou perseguindo e aniquilando os seus inimigos, entre os quais classificou o seu pai Davi, a quem tentou, igualmente, matar. Ocorre que os planos de Deus eram outros. Seu conturbado reinado foi de curta duração. Causou muita tristeza, operou muita injustiça e terminou seus dias enganchado pelos cabelos em uma árvore, enquanto fugia, e foi morto a flechadas.

Parece que vivemos permanentemente em campanha eleitoral, em nossa terra. A política, naturalmente, desperta fortes paixões, interesses e defesas. Muitos políticos, em sua busca pelo poder, passam a demonstrar muitas características demonstradas na vida de Absalão. É natural que alguém que almeja um cargo de liderança qualquer, possua um comprometimento intenso às suas idéias e objetivos. Os partidários, também submergem nesse mesmo espírito de luta. O problema vem quando a paixão, quer pelo líder, quer pelo poder, leva à cegueira moral, como na vida de Absalão. Nesse caso, desaparece a ética e princípios são atropelados. Os partidários, às vezes até sem perceberem, são sugados e manipulados. Em muitas ocasiões verificam que se encontram em uma posição de defender até o que não acreditam.

O cristão tem que se esforçar para ter uma consciência e vida tranqüila e serena perante Deus e perante os homens. Ele tem que se conscientizar que a sua lealdade é primordialmente para com Deus, para com a Sua Palavra objetiva, para com a causa do evangelho. Participação política consciente não significa lealdade inconseqüente. Na maioria das vezes o cristão verificará que se apoia esse ou aquele candidato, assim o faz não porque ele é o ideal e defensável em qualquer situação, mas porque representa o menor dos males, entre as escolhas que lhes são apresentadas. Sobretudo ele não pode se deixar manipular, como no caso dos seguidores de Absalão. Devemos, sempre, com respeito, apontar o desrespeito aos princípios encontrados nas Escrituras, por aqueles sobre os quais Deus colocou a responsabilidade de liderar o governo e as instituições de nosso país, lembrando 1 Tm 2.1-8, intercedendo sempre por eles em oração.
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Solano Portela

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

HOJE 06.09 - Haverá reunião

A paz do Senhor!
Queremos informá-los que HOJE, 06.07, haverá reunião do evangelismo! Acontecerá na casa do Pr. Valker, as 21:30. Não falte, será de grande importância sua presença! Continuem jejuando e orando de acordo com a brecha de oração cedida a cada um de vocês. Até logo mais a noite! Fiquem na paz!

domingo, 5 de setembro de 2010

"O Deus que intervem não existe"



Renato Vargens publicou um post sobre o deus do teísmo aberto: Eu não acredito no Deus do teísmo aberto. É uma crítica à teologia do inglês Tom Honey. Como Vargens, também não acredito nesse deus, mas parece que ele está se tornando popular. Recentemente foi divulgado no Brasil um texto trazendo a expressão que "o Deus que intervem não existe", defendendo um Deus que lamenta, se solidariza, mas não intervem no curso da história. Essa é mais uma investida do teísmo aberto com ares tupiniquins, trazida por pensadores brasileiros que têm recebido fama e acolhida em muitas revistas evangélicas e circuitos de palestras.
O "Deus que intervém" (tradução do título de um livro de Francis Schaeffer para o português – "The God Who Is There") é o Deus da Bíblia e só posso supor que o deus do teísmo aberto não é o Deus da Bíblia. Fico pensando que esse deus é um outro deus e não o Deus que ao longo da história mostrou-se, ao intervir, o Senhor dela, apesar da visível dor humana que tanto nos marca. O problema do deus do teísmo aberto é a sua incapacidade de intervir.
Mas, segundo a Escritura, a intervenção de Deus, no que podemos conhecer dela, começa na criação, ainda que tenha nos amado antes da própria fundação do mundo. A partir de então, não parou de intervir, seja falando, agindo, alterando, mudando, fazendo tudo o que condiz com os seus propósitos eternos. Se a Escritura é de fato a Palavra de Deus, sua revelação, então o Deus que intervém existe e foi o Deus de Jó, homem que sofreu profundamente para aprender quem Deus é e que, finalmente, pode ver a Deus. Mesmo tendo sofrido, viu a graça do Deus que intervém restaurando-lhe.
O Deus da Bíblia é o Deus que é todo amor e justiça, verdade e misericórdia. É o Deus que ama e que é ofendido pelo pecado humano, ao contrário da caricatura criada pelo teísmo aberto, e que pode estar impregnada na mente de muitas pessoas. Aliás, o pecado é a grande ofensa contra Deus e não há como ler a Escritura sem perceber isto. É interessante notar que os teólogos do teísmo aberto tentam usar a Bíblia para provar o improvável por meio dela: 'o deus que intervém não existe.
Aliás, há uma ironia aqui: O livro de Schaeffer que teve o título traduzido como "O Deus que intervém", literalmente chama-se "O Deus que está lá", o que não faria tanto sentido na língua portuguesa. Schaeffer escreveu o livro com este nome exatamente para mostrar que na cultura do final do século XX, influenciada pelos muitos anos do desenvolvimento científico e cultural do ocidente, Deus tornou-se uma construção ideológica e não o Deus da Bíblia. O Deus que intervém e revelou-se em Jesus Cristo foi transformado pelo racionalismo humanista em um deus impotente, facilmente substituído pela capacidade humana.
Na sequência da famosa trilogia de Schaeffer, ele escreveu "He is there and He is not Silent" ("Ele está lá e não está calado"), traduzido no Brasil como "O Deus que se revela", exatamente para mostrar que este Deus todo poderoso, o El-Shaddai, sempre controlou a história e se revela, trazendo esperança ao homem. O livro de Schaeffer trata a respeito deste Deus fazendo uma defesa da epistemologia do cristianismo histórico e bíblico, de "como podemos vir a saber e como podemos saber que sabemos". O deus do teísmo aberto, aparentemente se revela só no sofrimento, é fraco, incapaz de alterar qualquer coisa na história. Quando esse deus vê o sofrimento e a tragédia humana, como os acontecimentos recentes das mortes em Ilha Grande, Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, só pode chorar, sem fazer nada. A meu ver, é a Morte da Razão tentar defender um deus como esse (o terceiro livro na trilogia de Schaeffer).
O Deus da Bíblia é o Deus de Abraão, Isaque e Jacó; o Deus de Moisés, Davi, Isaías e Jeremias; o Deus de milhares que foram levados para o cativeiro, anonimamente, sofrendo e, ao mesmo tempo, consolados pela sua presença e certeza de que os traria de volta, senão eles mesmos, os seus filhos, porque ele disse que os traria; o Deus de Daniel, um cativo 'de elite' que, ao perceber que havia chegado a hora que Deus disse que iria intervir, orou reconhecendo os seus pecados e os de seu povo e rogando que Deus agisse de acordo com sua eterna aliança (Daniel 9). Se o sofrimento do povo de Israel na ida para o cativeiro não foi para cumprir os propósitos de Deus, vamos ter que arrancar a metade dos escritos dos profetas da Bíblia (Isaías, Jeremias, Habacuque, etc.). Mas o Deus que intervém ordena a sua bênção para sempre (Salmo 133), bênção esta iniciada na ordem Edênica (Gênesis 1.28) e alcançada em Cristo, sempre para cumprir o seu eterno propósito.
O deus do teísmo aberto não passa de uma imagem construída por homens e, como caricatura, é uma péssima obra de arte. Mas, o Deus da Bíblia já enviou a sua imagem perfeita (Hebreus 1.3) para que conhecêssemos o perdão dos pecados, a sua intervenção na história e, finalmente, a redenção de todos os seus eleitos. Assim como fez no passado, continua a intervir hoje, pois ele sempre foi, é, e será o mesmo Deus, queiram os homens ou não.
O deus do teísmo aberto não é o deus da Bíblia e não é o deus daqueles que de fato creem nela. O eterno propósito desse deus é chorar com os homens. Pobre deus, pobres homens que acreditam nele.
Para saber mais sobre o teísmo aberto, recomendo o livro de John Frame, "Não há outro Deus" (Cultura Cristã) e também o artigo na Fides Reformata, A TEOLOGIA RELACIONAL: SUAS CONEXÕES COM O TEÍSMO ABERTO E IMPLICAÇÕES PARA A IGREJA CONTEMPORÂNEA. (Valdeci Santos)
Postado por Mauro Meister

sábado, 4 de setembro de 2010

Amanhã 05.09.10 - Primeiro batismo na congregação de Lagoa Seca.

A paz do Senhor!
Gostaríamos de informar que amanhã, dia 05 de Setembro, ocorrerá o PRIMEIRO BATISMO na Igreja Congregacional de Lagoa Seca. Será um dia muito especial naquela igreja! A escala da recepção é a seguinte: Thiago, Valber, Fernanda e Fabíola. E a escala do departamento infantil: Karla, Isadora e Histalfia.... honrem seus compromissos! Queremos também convocar TODOS que fazem parte do Projeto Evangelização para que se façam presentes no culto, exceto aqueles que já tem compromisso em suas igrejas. Lembrando também que amanhã voltaremos as atividades na feira da prata, se não estiver chuvendo! A equipe do dia é: Moisés, Thiago, Histalfia, Wonney e Karla. Fiquem na paz! Beijos

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Palavrão – "só pra garantir esse refrão"?


Eu não tenho nada pra dizer

Eu não tenho mais o que fazer

Só pra garantir esse refrão

Eu vou enfiar um palavrão! ...


Com essa quadrinha, composta nos idos de 1997, a banda Ultraje a Rigor consolidava seu sucesso, junto com várias outras canções, que, renitentemente teimavam em se apegar à nossa memória (“vamos invadir sua praia”; “eu me amo, não posso mais viver sem mim”; “a gente somos inúteis”, etc.).


Nas apresentações ao vivo da música “Nada a Declarar” na qual a quadrinha está inserida, como refrão, logo após “eu vou enfiar um palavrão”, Roger, líder do grupo, “enfiava”, mesmo. O palavrão, na realidade uma palavrinha curta, chula, monossilábica, era proferido em uníssono e repetido em êxtase pela galera!


Bem, a Banda estava fazendo jus ao nome, ultrajando. A idéia era chocar, movimentar, agitar – sem nenhuma consideração quanto à propriedade ou impropriedade do termo; ou quanto à necessidade de recato; ou ainda, quanto ao caráter didático que esse linguajar “sublime” significaria para as jovens mentes e até criancinhas que cantarolavam e decoravam o refrão. O negócio, afinal, era tão somente faturar, o resto que vá às favas.


Mas o que choca, mesmo, não é o Ultraje a Rigor. É a facilidade com que palavrões, expressões grosseiras e chulas – quando não blasfemas – encontram guarida na boca de fiéis que, supostamente, procuram seguir os preceitos das Escrituras.


Não me refiro àqueles que, por treinamento intenso prévio (“exercitados”: 2 Pe 2.14) – na maioria das vezes antes de suas conversões, têm problemas e lutas nessa área, e se esforçam para abandonar velhos hábitos. Em minha vida tenho testemunhado a luta de vários cristãos para controlar a língua e as palavras. Muitos foram exercitados por anos de impiedade, ou ficaram submersos em empresas, escolas ou repartições onde o palavrão é a norma. Esses procuram de todas as maneiras mudar a linguagem – isso é visível a outros, para não entristecerem o Espírito Santo com a mesma boca que abençoam (Tiago 3.9-10).


O inusitado ocorre quando vemos alguns líderes cristãos, nos últimos tempos, seguindo mais o Ultraje a Rigor (“...eu não tenho nada pra dizer; também não tenho mais o que fazer...”) do que a Bíblia. Passaram a defender a instituição do Palavrão, junto com seus seguidores.


Um texto de um desses “pastores” foi-me enviado recentemente (apesar dele estar postado e circulando desde 25.09.2009). Ele foi escrito por conhecido líder, que hoje se ocupa bastante em disseminar vitupérios contra os que o “abandonaram”, em função de seu pecado, e a destilar amarguras, atribuindo hipocrisia genérica ao mundo cristão (não se preocupem, não vou dar o link, pois a sua peça, defendendo o linguajar chulo e grosseiro não merece divulgação adicional).


O texto responde a um consulente e seguidor fiel, que chama atenção para um vídeo de outro “líder cristão” que faz palestra em uma igreja. O palestrante é médico e o pretexto é a saúde e higiene dos ouvintes. Com esse objetivo, ele utiliza palavras grosseiras e, repetidamente, o famoso monossílabo, constrangendo e chocando alguns da platéia, enquanto a outra parte se delicia e gargalha (também não vou dar o link). O consulente, então, infere que não haveria motivo para aquele vídeo escandalizar nenhum crente. Compara, então, os que se escandalizam com os que engolem um camelo, mas se engasgam com um mosquito.


Provavelmente, o camelo, aqui, refere-se à violência ou mal tratos, enquanto que o mosquito seria o palavrão. A bandeira falaciosa de muitos, principalmente no campo secular, têm sido defender impropriedades, palavrões e até pornografia, dizendo que a pornografia verdadeira é a violência para com crianças, ou de pessoa contra pessoa. Ora, um não justifica nem anula o outro. Por que ambos não podem ser errados?


Pois bem, o pastor responde com uma ode ao palavrão. Indicando que quase morreu de rir, com o vídeo, não somente grafa o monossílabo várias vezes em seu texto, como acusa os que não o utilizam de hipócritas.


O ensino básico desse pensamento é que as barreiras de recato e moralidade são arcaicas, superadas. Que o exercício de uma suposta graça amorfa promove a verdadeira autenticidade e sinceridade; e o tráfego livre entre o impróprio e proibido, e o correto e socialmente defensável. Afinal, vivemos em uma matriz de convenções humanas. Para estes, a aproximação com Deus não cria a obrigação para com regras, mas a liberação dessas. Pelo que inferimos desses ensinos, não existem absolutos. Nos aproximamos de Deus e, no fluir dessa graça subjetiva, de uma maneira mística e indescritível, nada contradiz nossa forma e postura de vida. A única máxima, possivelmente, seria o “amor”, mas esse, fugindo ao sentido bíblico de procurar o interesse da pessoa amada, de “cumprimento dos mandamentos” (João14.15,21), passa a ser um termo vazio de significado, que abriga tudo sobre seu guarda-chuva, num reavivamento da Teologia Situacionista moribunda de Joseph Fletcher, tão popular na década de 60, do século passado.


Nesse universo imaginário, até o pecado é redefinido e a tolerância irrestrita é propagada. Ser contra palavrões, ou contra o palavrão-palavrinha, repetido ad nauseam no texto, é coisa de careta; de cristão retrógrado; de pessoas que ainda não atingiram esse patamar de pseudo-santidade estéril (pois não produz pureza), característica dessa nova ordem de iluminados.


Mas será que esse é o ensino da Palavra de Deus? Será que o derribar desses marcos regulatórios é a verdadeira missão e postura do cristão? Essa luz negra que projetam sobre minha vida procede mesmo da “lâmpada para os meus pés... e luz para os meus caminhos” (Sl 119.105)? Por certo que não. A Bíblia nos instrui que o recato ou pudor é virtude a ser cultivada. Especificamente ela alerta contra a falta de pudor (“impudiscícia”), que teima em se imiscuir na igreja, em Efésios 5.3: “Mas a impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos”.


É verdade que vivemos em uma era onde se fala cada vez menos nisso. As crianças se acostumam em um mundo onde a propriedade e modéstia no vestir e no proceder estão conspicuamente ausentes. Não é de espantar que a sexualidade precoce desponte como uma das grandes distorções e desvios do nosso século. Nossos ouvidos também vão se acostumando e a consciência se cauterizando com tantas impropriedades proferidas nos filmes, na televisão, nas rádios, nas músicas e no dia-a-dia da sociedade. No entanto, ver “líderes cristãos” rotulando o constrangimento perante a imoralidade de hipocrisia, leva-nos à vanguarda do absurdo. Para os tais o alvo é ser “liberado” das amarras incômodas, e comecemos essa jornada rumo à dissolução social e à devassidão moral, bem moderninhos e conectados, pelo linguajar. Por que exercer seletividade moral na palavra falada ou escrita?


Se não houvesse nenhuma outra razão, teríamos o exemplo dos escritores da própria Bíblia. Palavrões e linguagem chula sempre existiram na história da humanidade. Estão enraizados na natureza humana pecaminosa. Sempre houve uma forma apropriada e uma forma vulgar de se referir a tudo, especialmente a partes do corpo. Ora, por que então a Bíblia, que trata dos mais variados assuntos, utiliza palavras e expressões recatadas e apropriadas e não chulas, para se referir a elas? Certamente a comunicação adequada, preocupação do Autor da Bíblia, que a fez ser grafada na linguagem comumente falada, através das eras, não necessitava do emprego de linguagem imprópria. Falar com recato não impede a comunicação. Ou será que a utilização de palavrões, no seio do cristianismo, é nova forma de comunicação eficaz e grande descoberta; veículo de graça contemporânea, encontrado por essa nova casta de iluminados?


Mas a Bíblia vai além e fala especificamente da linguagem que deve caracterizar o servo de Deus:

  1. Em Tito 2.8, somos admoestados a ter “linguagem sadia e irrepreensível para que o adversário seja envergonhado não tendo indignidade nenhuma que dizer a nosso respeito
  2. Efésios 4.29 diz categoricamente: “Não saia de vossa boca nenhuma palavra torpe e sim, unicamente, a que for boa para edificação...”
  3. Colossenses 3.8 mostra que o linguajar chulo é característica dos descrentes: “Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isso: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar”
  4. Tiago 1.26 parece falar aos que querem misturar religiosidade com linguajar impróprio: “Se alguém supõe ser religioso deixando de refrear a sua língua, antes enganando o próprio coração, a sua religião é vã”.
  5. Efésios 5.4 também, claramente, mostra como deve ser a comunicação do cristão. Gracejos e gozações grosseiras (chocarrices), palavras torpes e vãs não devem ter lugar em nosso falar: “...nem conversação torpe, nem palavras vãs, ou chocarrices, coisas essas inconvenientes...”.

Parece que o Roger, do Ultraje ao Rigor estava certo: na falta do que dizer; na falta do que fazer; defenda-se o palavrão. Mas o cristão tem o que falar e o que fazer. Não venham me enganar e dizer que tudo isso que a Bíblia condena deve estar presente na boca do cristão.

Por Solano Portela

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Pluralismo e Intolerância


Pluralismo e Intolerância
Postado por Solano Portela


A palavra pluralismo representa muitas coisas no contexto pós-moderno. Pode significar apenas diversidade de opiniões ou coexistência lado a lado de posições antagônicas. No entanto, com frequência ela expressa tanto um desprezo pela existência de uma verdade absoluta como a rejeição de posições absolutas. No seu aspecto mais cruel ela indica uma falsa visão de tolerância, que se revela intolerante para com a fé cristã.

A origem do termo pluralismo é geralmente colocada no início do século 20, criado por um filósofo judeu, Horace Kallen (1882-1974), que tinha bastante orgulho de sua linhagem judaica.[1] Preocupado com a preservação de suas convicções e com as pressões sofridas por imigrantes, ele levantou a questão da sobrevivência de uma cultura minoritária, no meio de muitas outras, como sendo um fator positivo ao progresso do mundo.
Ao longo dos anos e, principalmente, ao entrarmos no final do século 20 e início deste século, o pluralismo foi se abrigando no pós modernismo, aventando a possibilidade de verdades contraditórias entre si coexistirem pacificamente. Isso significa que proponentes de alguma convicção não deveriam tentar impor a sua visão sobre as demais persuasões, ou pessoas. Nesse sentido pós-moderno, o pluralismo representa um descaso pela existência de uma verdade, pois princípios ou preceitos absolutos não poderiam existir, ou não deveriam ser asseverados ou
defendidos por ninguém.
Na realidade o termo tem várias definições e aplicações, por exemplo: pluralismo político, pluralismo filosófico, pluralismo cultural, pluralismo científico, etc. Em cada um desses aspectos o significado é diferente e, como cristãos, temos que nos posicionar adequadamente, mas igualmente de forma diferente a essas vertentes.
Pós modernismo
O pós-modernismo tem sido definido, por vezes como a filosofia da nossa era, mas na realidade não é uma filosofia, em si (e nem uma teologia). O termo representa uma persuasão que questiona as definições e limites que considera simplista, nas proposições da era moderna.[2] É mais um tipo de atitude, encontrada nas mais diversas correntes de pensamento contemporâneo, que, ressaltando a complexidade das diferentes posições filosóficas ou teológicas, se esquiva de permitir que um conjunto de convicções prevaleça sobre outros.
Nesse sentido, uma mente pós-moderna, é representada por:
Aquela pessoa que, como o rei Agripa (Atos 26.28), diz: "por pouco me persuades...", mas, adicionaria a isso: “como verdades conflitantes podem coexistir pacificamente lado-a-lado, fico na minha e você na sua”. Aquela pessoa que tem a consciência cauterizada pela convivência continuada com o erro e pela prolongada falta de ênfase em absolutos e em verdades universais.
Aquela pessoa que tem a sensibilidade distorcida pela freqüente exposição à pecaminosidade da era e já não se choca mais com descalabro algum, por maior que seja o pecado apresentado, mas aceita tudo como parte de uma sociedade pluralista e multiforme. Essa sociedade é encarada por tais mentes como não apenas uma realidade inexorável, mas uma forma desejável de existência.
Como cristãos, deveríamos constatar como essa rejeição à persuasão vai contra a obrigação à conversão, à mudança de vida. Como a acomodação ao erro, vai contra a santidade requerida do servo de Deus. E como a repetida acomodação leva à perda dos objetivos de vida e da glorificação a Deus, que é o propósito máximo da nossa existência. É nesse contexto de um mundo carente por convicções, que somos chamados a entender o pluralismo e a sermos persistentes proclamadores das verdades de Deus!
Pluralismo religioso
O pluralismo religioso é a posição que afirma a igualdade e propriedade de todas as religiões. Nenhuma religião poderia se posicionar como sendo a verdadeira e, assim, todas devem ser não somente estudadas, mas aceitas como legítimas expressões de fé. A sinceridade dos participantes é o que contaria e cada um definiria Deus ou a divindade a seu próprio modo.
Esse tipo de pluralismo é mortal para a alma e não deveria encontrar abrigo no pensamento do cristão. Afinal, Jesus declarou (João 14.6) que ele é “o caminho a verdade e a vida; ninguém vem ao pai senão por mim”. A religião cristã é exclusivista, por natureza e isso deve ser apresentado e defendido sem apologias.
No entanto, o mundo subsiste em pluralismo religioso e, surpreendentemente, essa aceitação de um pluralismo religioso não está presente somente naqueles que identificamos como descrentes. Há muitos anos, havia uma expressão na boca do povo: “todo caminho dá na venda”. Normalmente era utilizada quando alguém começava a falar em religião e significava que, independentemente da sua fé, um dia você chegaria a Deus. Era também uma forma de evitar tentativas de pregação da Palavra.
O fato é que muitos cristãos têm sido persuadidos não pela Escritura, mas por essa visão pós moderna. Muitos, em nossas igrejas, acham que Deus terá de honrar a sinceridade de uma tribo remota, por exemplo, e que Ele não será justo em condenar índios às penas eternas, pois haverá “alguma luz” na religião pagã praticada por eles. E existem posições ainda mais pluralistas. Por exemplo, um site, chamado “Centro para o cristianismo progressivo”, apresenta as seguintes idéias:[3]
Presumir que a Bíblia é a última palavra em matéria de religião não fará nenhum sentido aos seguidores de outras religiões. Afinal, todas possuem os seus textos sagrados e proclamam possuir a verdade.
Insistir na exclusividade da fé cristã é “chauvinismo religioso”.
Os trechos bíblicos do evangelho de João, nos quais Jesus se coloca como “Eu sou” o único caminho, são meras expressões poéticas. Jesus era um místico e ele está apenas expressando uma experiência mística, na qual ele se liberta do seu ego e de sua personalidade, experimentando a Deus, como única realidade.
Não é isso que a Bíblia ensina. Mais uma vez, João 11.25-26 traz as palavras de Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá, eternamente. Crês isso”? Cristo demanda uma tomada de posição da parte das pessoas. È por isso que é correta a pregação do evangelho; a persuasão (Paulo “arrazoava” e “persuadia” a seus ouvintes: Atos 17.2 e 4); a conclamação ao arrependimento (Atos 17.30); é tarefa de todo cristão. É por isso que enviamos missionários, preparamos pregadores, evangelizamos em nossas igrejas; e consideramos necessitados da salvação aqueles que colocam suas esperanças e fé em imagens, em pessoas, em amuletos, em animais, em astros e em tantas outras coisas e situações, como nos avisa Romanos 1.18-32. Quando o crente defende a verdade da Bíblia, a verdade de Deus, ele não está sendo intolerante, mas simplesmente honesto e fiel à verdade, e deve fazer isso com a melhor das intenções, desejando esclarecer e não enganar as pessoas.
Pluralismo cultural
O pluralismo cultural é a coexistência, em uma sociedade, ou nas diversas sociedades da humanidade, de variações diferentes da cultura – algumas apresentando diferenças marcantes, por vezes presente em minorias. Numa sociedade pluralista essa coexistência ocorre com um mínimo de conflitos, e com razoável tolerância, uns pelos outros. Foi nesse sentido que Horace Kallen cunhou o termo pluralismo.[4]
O pluralismo cultural, em um certo sentido, não é antagônico ao ensino cristão A Bíblia ensina verdade absoluta e proclama exclusividade de orientação religiosa. Mas isso não quer dizer que não existe verdade, ou algo a ser apreciado fora da Bíblia. Afinal, o mundo é de Deus (Salmo 24.1 e 2). A teologia da reforma tem sempre ensinado que toda verdade, é verdade de Deus. Existem, na variedade das culturas, muitas coisas de mérito a serem apreciadas e preservadas. Por exemplo, o dito de Confúcio: “não façais aos outros, o que não quereis que eles vos façam”, é certamente verdade e análogo ao ensinamento bíblico de Lucas 6.31 (apesar de podermos verificar com facilidade a superioridade do ensinamento bíblico – que enfatiza o aspecto positivo de “ir e fazer”, em vez do aspecto negativo, do “não fazer”).
No entanto, a apreciação cultural do cristão nunca poderá ser acrítica (sem confrontá-la com o que a Bíblia diz, com os ensinamentos de Deus). Paulo, escrevendo a Tito (1.10-16), diz que ele tem que se colocar contra a cultura de Creta, ou seja, ele não podia pacificamente aceitar o pluralismo cultural, nos pontos onde ele entraria em contradição com princípios e ensinamentos da Escritura. Semelhantemente, nós brasileiros, não podemos aceitar o “jeitinho” como uma expressão cultural legítima, pois via de regra, esse “jeitinho” não quer dizer apenas flexibilidade ou adaptabilidade, mas ele representa quebra de valores, princípios ou regras, para se atingir um fim.
Mas a Bíblia nos ensina a amar os nossos inimigos, e até os que nos perseguem (Mateus 5.43-47). O cristianismo pode, portanto, certamente coexistir com outras culturas, mas sempre identificará os aspectos culturais que devem ser reprovados ou corrigidos, de acordo com os absolutos de Deus (como Paulo fez, ao alertar a Tito, sobre os aspectos culturais que deveriam ser combatidos e corrigidos, em Creta).
Pluralismo filosófico
O pluralismo filosófico é irmão gêmeo do pluralismo religioso e, portanto, eivado de perigos. Rudolf Carnap (1891-1970) filósofo alemão, naturalizado norte-americano, em um ensaio, chamado Princípios de Tolerância, no qual firmava os alicerces do pluralismo lógico, escreveu: “Na lógica, não existe moral. Cada um tem a liberdade de construir a sua própria lógica”.[5] Note a apresentação de que não existe uma posição lógica, mas muitas. Não existem absolutos; consequentemente, não existe verdade universal – o que é verdade para mim, não é verdade para você. Aliás, uma expressão bem contemporânea, é “a minha verdade, não é a sua verdade”. Verifique, também, que tudo isso é abraçado em nome da tolerância.
Veja, também, o entrelaçamento do pluralismo filosófico com o pluralismo religioso. Em 11 de março de 2003, o famoso entrevistador de “talk show”, Larry King (da rede CNN), recebeu alguns teólogos, filósofos e personalidades, exatamente para explorar a convivência plural com pessoas de persuasões diferentes. Um dos entrevistados foi o pastor John MacArthur. Larry King defendia a cosmovisão dos muçulmanos, como sendo igualmente lógica, coerente e legítima.
A bandeira da tolerância é, mais uma vez, brandida, para que não haja essa situação incômoda e politicamente incorreta da conversão. Note, nesse trecho da entrevista, como John MacArthur responde a ele, com sabedoria, sem comprometer um milímetro das verdades cristãs:[6]
KING (falando de uma personalidade muçulmana): Ele ora cinco vezes por dia. Ele acha que isso está certo. Ele deve estar orando a algo (ou alguém)...
MACARTHUR: Bom, infelizmente ele ora ao Deus errado. Existe apenas um único Deus vivo e verdadeiro, e esse é o Deus da Escritura. O Deus Pai do Nosso Senhor Jesus Cristo. E se você não ora a esse Deus, você ora a ninguém.
KING: Mas ele não crê nisso. Como você lida com isso? A crença dele é tão forte quanto a sua.MACARTHUR: Você pode crer que pode voar e pular de um prédio de cinco andares. Mas isso não torna a sua crença em realidade. Infelizmente, a religiosidade falsa, é a mentira fatal…
KING: O mundo dos muçulmanos é todo falso?MACARTHUR: Bem, a teologia do islamismo é falsa. O deus é o deus errado. A visão que têm de Cristo é falsa.
Devemos pedir a Deus sabedoria semelhante para responder a esse tipo comum de questionamento (Tiago 1.4-8).
Grande parte dos articulistas da mídia é filosoficamente pluralista. Sempre proclamam tolerância e indicam que as posições individuais não devem ser questionadas. No entanto, observa-se um fenômeno muito interessante com relação ao cristianismo, mas que não deveria nos surpreender. Eles se ofendem muito com a proclamação da fé cristã. Paulo já nos alertava disso em 1 Coríntios 2.14-16. Assim, as “coisas espirituais”, as “coisas do Espírito de Deus” são consideradas “loucura”. Eles não têm, nem podem ter “a mente de Cristo”, sem a conversão. Por isso, enquanto proclamam tolerância, são tão intolerantes.
Não é raro vermos, nas revistas, ataques aos evangélicos ou textos que colocam os crentes em uma posição ridícula. Por exemplo, um ensaio do jornalista Roberto Pompeu de Toledo, há alguns anos, fez troça dos que oram e lêem as Escrituras todos os dias e têm “Jesus sempre no coração” e ridicularizou a fé, os candidatos evangélicos e as expressões de fé pessoal, na campanha política.[7] Os tolerantes, se apresentam nessas questões totalmente intolerantes. O pluralismo só é válido para conservar a fé cristã fora do dia a dia das pessoas.
Em outra controvérsia, o jornalista André Petry, conhecido por seus textos beligerantes contra os evangélicos, ridicularizou o ensino do criacionismo, como visão alternativa ao evolucionismo, coerente com a fé cristã, por escolas cristãs.[8] Muitas vezes, todos os evangélicos são colocados em uma vala comum com seitas neo-pentecostais, as quais, com suas práticas místicas, supersticiosas e materialistas, proclamam, na realidade um outro evangelho, estranho à Palavra de Deus.[9]
Conclusão
O pluralismo traz várias ameaças à fé cristã, especialmente em duas situações: primeiro, quando cristãos absorvem o pluralismo religioso e perdem a identidade de sua fé, o cerne de sua mensagem, a razão de sua existência. Falando a pluralistas religiosos como os de hoje, que queriam introduzir doutrinas estranhas e negar a ressurreição de Cristo, em 1 Coríntios 15, Paulo raciocina em cima das premissas deles, demonstra que são fundamentos falsos e diz, que se o que ensinam é verdade, “somos os mais infelizes de todos os homens”(14, 17, 19), é vazia nossa pregação, é vazia nossa fé. Segundo, quando os pluralistas e supostos “tolerantes”, se mostram violentos, injustos e totalmente intolerantes para com a verdade que incomoda e fere (mas que redime). Devemos orar a Deus para que nos livre de ambas as situações.
No entanto, o próprio pluralismo pode oferecer oportunidades para a apresentação do evangelho. Aperte os pluralistas dentro de suas próprias premissas. Uma dos conceitos que mais prezam é quanto a existência do “contraditório” – dentro da noção de que as múltiplas vertentes é que construirão o conhecimento. Aproveite essas ocasiões e coloque o seu lado, o lado do evangelho, as verdades de Deus. Insista para que você possa apresentar “o contraditório” – a simples aceitação disso já revelará que há contraste, que há diferença, que há verdade e mentira, luz e trevas, salvação e perdição. Paulo fazia isso, façamos nós, também.
Solano